Caboclo - Repositório Institucional UFRB CCS - Centro de Ciências da Saúde CCS - Cursos de Graduação CCS - Bacharelado em Psicologia - TCC
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metadata.dc.type: Trabalho de Conclusão de Curso
metadata.dc.degree.level: Bacharelado
Título : "Eu sou um corpo, um ser, um corpo só, tem cor, tem corte" meu corpo preto é digno de acolhimento?: escrevivência de uma mulher preta sobre as implicações do racismo no acolhimento a pacientes em contexto hospitalar
metadata.dc.creator: Souza, Emily Ferreira Moraes
metadata.dc.contributor.advisor1: Santos, Luane Neves
metadata.dc.contributor.referee1: Tavares, Jeane Saskya Campos
metadata.dc.contributor.referee2: Real, Maria Júlia de Oliveira Uchôa
Citación : SOUZA, Emily Ferreira Moraes. "Eu sou um corpo, um ser, um corpo só, tem cor, tem corte" meu corpo preto é digno de acolhimento?: escrevivência de uma mulher preta sobre as implicações do racismo no acolhimento a pacientes em contexto hospitalar. 2022. 72 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2022.
metadata.dc.description.resumo: O hospital é um lugar onde se opera a ordem médica, o lugar onde a ciência precisa ser produzida, tendo como objetivo reduzir as desordens da subjetividade (MORETTO, 2001). Sendo este, segundo Goffman (1961), uma instituição totalitária que tem como pretensão o controle de corpos docilizados para estudo e tratamento, objetivando a cura e quando não a alcança, há o pensamento do fracasso, devido ao lugar que a ciência e a medicina se colocou, lugar que não se pode dar margens para erros. A partir disso, busco pensar como se dá o acolhimento nessa instituição, tendo em vista que esta é a porta de entrada para um atendimento em saúde, o qual exige um olhar clínico e sensível ao paciente em estado de doença. Segundo Trindade (2010) o acolhimento é uma postura ética, não exige horas de trabalho, ele implica saberes, além de se colocar para escutar as angústias, buscando solucioná-las. O racismo é uma estrutura de poder que vem desde o peŕiodo da invasão dos portugueses ao Brasil, tornando os corpos pretos não passíveis de cuidado. Por conseguinte, este trabalho tem o intuito de discutir como o racismo está implicado no acolhimento aos pacientes em contexto hospitalar a partir da escrevivência de uma mulher preta, a fim de problematizar o tratamento biomédico e a disciplinarização social do corpo, além de buscar o entendimento acerca do que é acolhimento e refletir em como a psicologia vem contribuindo no acolhimento ao paciente preto no meio hospitalar, tendo em vista que muitas pessoas pretas têm seu tratamento negligenciado só pelo fato de serem pretas. Foi utilizada como metodologia a Pesquisa narrativa e a Escrevivência, a fim de falar da minha experiência sobre o racismo nos hospitais. Sendo eu, protagonista do meu caminho, na minha liberdade de superar o silêncio na comunicação e escancarar todos os atravessamentos dessas experiências hospitalares. Por fim, é possível concluir que precisamos ser sujeitos políticos e enfatizar que sim, um corpo preto é digno de acolhimento, é digno de cuidados, que este corpo tem história, tem caminhos, por vezes dolorosos, que precisam ser recebidos com atenção e cuidado, como toda pessoa em situação de doença.
Palabras clave : Acolhimento nos serviços de saúde
Racismo
Discriminação em cuidados médicos
Discriminação racial
Resumen : The hospital is a place where the medical order operates, the place where science needs to be produced, with the aim of reducing the disorders of subjectivity (MORETTO, 2001). This being, according to Goffman (1961), a totalitarian institution that aims to control docile bodies for study and treatment, aiming for a cure and when it is not achieved, there is the thought of failure, due to the place that science and medicine placed itself, a place that cannot allow room for error. From this, I try to think about how reception is carried out in this institution, considering that this is the gateway to health care, which requires a clinical and sensitive look at the patient in a state of illness. According to Trindade (2010), welcoming is an ethical stance, it does not require hours of work, it implies knowledge, in addition to listening to anxieties, seeking to resolve them. Racism is a power structure that dates back to the period of the Portuguese invasion of Brazil, making black bodies ineligible for care. Therefore, this work aims to discuss how racism is involved in the reception of patients in a hospital context based on the writing of a black woman, in order to problematize biomedical treatment and the social disciplining of the body, in addition to seeking understanding about what reception is and reflect on how psychology has contributed to welcoming black patients in the hospital environment, considering that many black people have their treatment neglected just because they are black. Narrative research and writing were used as methodology, in order to talk about my experience about racism in hospitals. Being me, the protagonist of my path, in my freedom to overcome the silence in communication and reveal all the crossings of these hospital experiences. Finally, it is possible to conclude that we need to be political subjects and emphasize that yes, a black body is worthy of acceptance, worthy of care, that this body has a history, has paths, sometimes painful, that need to be received with attention and care , like every person in a situation of illness.
metadata.dc.subject.en: Reception in health services
Racism
Discrimination in medical care
Racial discrimination
Editorial : Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
metadata.dc.publisher.department: CCS - Centro de Ciências da Saúde
Fecha de publicación : 26-jul-2022
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
metadata.dc.rights: Acesso Aberto
metadata.dc.date.available: 2024-03-04T16:31:41Z
URI : http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/3098
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