Caboclo - Repositório Institucional UFRB CAHL - Centro de Artes, Humanidades e Letras CAHL - Cursos de Graduação CAHL - Bacharelado em Serviço Social - TCC
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/3017
Tipo de documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Grau acadêmico: Bacharelado
Título: Política sobre drogas e racismo: da periferia ao asfalto – Ser Preto é Estar na Mira do Estado
Autor(es): Jesus, Marcos Oliveira de
Orientador(a): Nascimento, Jucileide Ferreira do
Membro(a) da banca: Ávila, Heleni Duarte Dantas de
Membro(a) da banca: Sampaio, Jéssica Bastos
Referência: JESUS, Marcos Oliveira de. Política sobre drogas e racismo: da periferia ao asfalto – Ser Preto é Estar na Mira do Estado. 69 f. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Serviço Social) - Centro de Artes, Humanidades e Letras, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira, 2019.
Resumo: Este estudo apresenta algumas características no que se refere à Política Nacional Sobre Drogas em uma discussão dialógica com as reproduções do racismo. Propõe-se, assim, uma investigação quanto à materialização e desenvolvimento das políticas sobre drogas e a construção socio-histórica do racismo em nível de estrutura. Para tal tarefa, utiliza da estratégia metodológica da análise bibliográfica de autores pertinentes que corroborem com ponderações acerca das políticas sobre drogas, considerações sobre o racismo no Brasil e o desenvolvimento e construção da sociabilidade brasileira. O Brasil se formou, principalmente, basilado em estruturas hierárquicas de raça e classe, segmentando e oprimindo a população negra e pobre por conta do seu processo de colonização e transformações socio-históricas. Tal processo aglutinou culturas distintas que se espalharam pelo território brasileiro, tornando o Brasil multicultural. A Bahia foi o estado que mais recebeu e concentrou escravos no Brasil, desta forma a Bahia é o território mais negro do país e está localizado em um dos territórios brasileiros mais estigmatizado: a região Nordeste. Além da análise bibliográfica, neste trabalho foi utilizada a técnica de análise documental para apresentar as variáveis sobre a violência dando ênfase a questão racial e como a ideologia proibicionista contribui para a expansão desses elementos. Construiu-se um estudo de dados probabilísticos referentes ao fenômeno da violência no Brasil e como esse fenômeno é geracional. Buscou-se responder a seguinte questão: Como o racismo está estruturado na Política Nacional sobre Drogas através da ação do Estado brasileiro? Concluiu-se, através da pesquisa realizada, que o proibicionismo é uma das formas de opressão a população negra, pobre e jovem; a violência institucionalizada, ou melhor, o uso da força pelo Estado cria a guerra às drogas baseada no proibicionismo mundial;a guerra às drogas é uma necropolítica que controla quem deve e quem vai de fato vai morrer; a atuação estatal através da (necro)política sobre drogas se revela como uma estratégia para se desfazer de corpos negros que já não lhe são úteis e para manter as estruturas hierárquicas de raça e classe.
Palavras-chave: Racismo
Necropolítica
Política social
Droga
Resumo em inglês: This study presents some characteristics with regard to the National Policy on Drugs in a dialogic discussion with the reproductions of racism. Thus, it is proposed investigation regarding the materialization and development of policies on drugs and the socio-historical construction of racism at the structural level. For this task, use the strategy methodology of the bibliographical analysis of pertinent authors that corroborate with weightings about drug policies, considerations about racism in Brazil and the development and construction of Brazilian sociability. Brazil was formed, mainly, based on hierarchical structures of race and class, segmenting and oppressing the black and poor population due to its colonization process and socio-historical transformations. such a process brought together different cultures that spread throughout the Brazilian territory, making Brazil multicultural. Bahia was the state that most received and concentrated slaves in Brazil, this forms Bahia is the blackest territory in the country and is located in one of the Brazilian territories most stigmatized: the Northeast region. In addition to the bibliographical analysis, in this work it was used the technique of document analysis to present the variables on violence giving emphasis on the racial issue and how the prohibitionist ideology contributes to the expansion of these elements. A study of probabilistic data referring to the phenomenon of violence in Brazil and how this phenomenon is generational. We tried to answer the following question: How is racism structured in the National Drug Policy through action of the Brazilian State? It was concluded, through the research carried out, that prohibitionism is a the forms of oppression of the black, poor and young population; institutionalized violence, or rather, the use of force by the State creates the war on drugs based on worldwide prohibitionism; the war on drugs is a necropolitics that controls who must and who will actually die; State action through (necro)politics on drugs reveals itself as a strategy to dispose of black bodies that are no longer useful and to maintain the hierarchical structures of race and class.
Palavras-chave em inglês: Racism
Drugs
social policy
Necropolitics
Editora / Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Centro de Ensino: CAHL - Centro de Artes, Humanidades e Letras
Data do documento: 17-Dez-2019
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Acesso Disponível em: 2024-01-23T14:27:56Z
URI: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/3017
Aparece na(s) coleção(ões):CAHL - Bacharelado em Serviço Social - TCC

Arquivo(s) associado(s) a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Politica_Sobre_Drogas_TCC_2019.pdf1,06 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.