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http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2034
Tipo de documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Grau acadêmico: | Bacharelado |
Título: | Sexo cedido: a invisibilidade da violência sexual nas relações íntimas |
Autor(es): | Argolo, Rafaela da Silva |
Orientador(a): | Almeida, Lílian Conceição Guimarães de |
Membro(a) da banca: | Morais, Ariane Cedraz |
Membro(a) da banca: | Santos, Amália Nascimento do Sacramento |
Referência: | ARGOLO, Rafaela da Silva. Sexo cedido: a invisibilidade da violência sexual nas relações íntimas. 2014. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2014. |
Resumo: | A realização desse estudo surgiu a partir da aproximação com a temática HIV/Aids em mulheres viabilizada pela inserção no projeto de pesquisa “Estratégias de enfrentamento da feminização do HIV/Aids em Santo Antônio de Jesus”. Este trabalho objetivou identificar a ocorrência de violência sexual nas relações maritais, tendo como objetivo específico: identificar a violência nas práticas sexuais conjugais de mulheres de Santo Antônio de Jesus. Os sujeitos do estudo foram mulheres que já iniciaram sua atividade sexual, elas eram cadastradas em três Unidades Básicas de Saúde, em Santo Antônio de Jesus. O lócus da pesquisa foram as Unidades de Saúde pertencentes a Estratégia de Saúde da Família localizadas em Santo Antônio de Jesus BA. Para organização e categorização dos resultados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Participaram do estudo 29 mulheres, todas tinham idades que variaram entre 18 e 62 anos, destas 16 possuíam ensino fundamental incompleto, 12 delas possuíam ensino médio completo e uma ensino médio incompleto. Com relação à auto declaração da raça, 16 afirmaram ser pretas, 12 pardas e uma branca. Apenas 10 possuíam emprego fixo, as demais (19) dependiam do salário do companheiro ou da pensão dos filhos. Se tratando do perfil sexual e reprodutivo das mulheres, 10 tiveram a menarca aos 12 anos, duas aos nove anos, sete aos 13 anos, três aos 11 anos, três aos 14anos, duas aos 15anos e duas aos 17 anos. Já a coitarca aconteceu entre os 13 e os 28 anos. Se tratando de métodos contraceptivos e preservativos, apenas 10 referiram utilizar a dupla proteção (contraceptivo associado à camisinha). Com relação à utilização da camisinha masculina apenas duas relataram nunca ter utilizado este insumo, porque acreditam ser desnecessária a utilização tendo em vista que, para elas, o casamento é um fator protetor para a aquisição de DSTs; analisando a utilização da camisinha feminina apenas duas mulheres fizeram uso desse preservativo. 11 disseram ter sofrido algum tipo de violência ou se sentiam agredidas pelo seu parceiro e 18 disseram que não. No entanto, todas as mulheres deixaram claro em seus discursos que se submetiam a vontade do marido de não utilizar preservativos, mesmo quando estas queriam utilizar, e também fazendo sexo sem vontade para satisfação do seu parceiro e cumprimento do seu “papel de esposa”. A não percepção da vulnerabilidade às DSTs/HIV/AISD configura-se como elemento chave para o seu aumento entre as mulheres, principalmente àquelas em união estável/casadas. Quebrar a cadeia de transmissão, promover diagnóstico e tratamento é importante, mas fica aquém da necessidade de se estabelecer mecanismos de prevenção efetivos e claros, e que essas mulheres sejam empoderadas. Novos desafios se revelam para questões velhas, que mudaram de forma com o passar dos anos, refletindo até na feminização das DTS/HIV/Aids. A violência é conceituada, tem caráter punitivo, é considerada como algo inaceitável, mas ainda é permitida, justamente porque não é totalmente percebida, principalmente em contextos embebidos de sentimento, relações íntimas de afeto e sexo. |
Palavras-chave: | Violência sexual Mulher - Violência sexual Violência doméstica Enfermagem Doença Sexualmente Transmissível (DST) Saúde pública Santo Antônio de Jesus (BA) |
Resumo em inglês: | The present study arose from the thematic approach to HIV / AIDS in women possible by the inclusion in the research project "Strategies to Combat the Feminization of HIV / AIDS in Santo Antônio de Jesus". This study aimed to identify the occurrence of sexual violence in marital relationships, with the specific goal: to identify violence in marital sexual practices of women of Santo Antônio de Jesus. The study subjects were women who have started their sexual activity, they were enrolled in three Basic Health Units in Santo Antônio de Jesus. The locus of the research were Health Units belonging to the Family Health Strategy located in Santo Antônio de Jesus, Bahia. For organization and categorization of results the technique of content analysis was used Bardin. The study included 29 women, all had ages ranging between 18 and 62 years, 16 of these had incomplete primary education, 12 of them had high school and completed secondary school. Regarding the self declaration of race, 16 said it was black, 12 brown and white. Only 10 had a steady job, the other (19) depended on the wages of the partner or child support. When dealing with sexual and reproductive profile of women, 10 had menarche at age 12, two to nine years, seven to 13 years, three to 11 years, three to 14 years old, 15 years old and two to two to 17 years. Since first sexual intercourse took place between 13 and 28 years. The case of contraceptive methods and condoms, only 10 reported using dual protection (condoms contraceptive associated with). With regard to the use of male condoms only two reported never having used this input, because they believe it is unnecessary to use considering that, for them, marriage is a protective factor for acquiring STIs; analyzing the use of the female condom only two women made use of this condom. 11 said they had experienced some form of violence or were assaulted by their partner and 18 said no. However, all the women made it clear in his speeches that they submitted to the will of her husband not to use condoms, even when they wanted to use, and also sex unwilling to satisfy your partner and fulfilling their "role of wife." The lack of perception of vulnerability to STIs / HIV / SDSS appears as a key element to its increase among women, especially those in stable / married union. Break the chain of transmission, promote diagnosis and treatment is important, but it falls short of the need to establish clear and effective mechanisms of prevention, and that these women are empowered. New challenges reveal themselves to old questions, which changed shape over the years, reflecting up in the feminization of STDs / HIV / AIDS. Violence is reputable, has a punitive character, is regarded as unacceptable, but is still allowed, precisely because it is not fully perceived, especially in embedded contexts feeling, intimate relationships of affection and sex. |
Palavras-chave em inglês: | Sexual violence Woman - Sexual violence Domestic violence Nursing Sexually Transmitted Disease (STD) Public health Santo Antônio de Jesus (BA) |
Editora / Instituição: | Universidade Federal do Recôncavo da Bahia |
Centro de Ensino: | CCS - Centro de Ciências da Saúde |
Data do documento: | 3-Nov-2014 |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Acesso Disponível em: | 2023-02-03T19:00:25Z |
URI: | http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2034 |
Aparece na(s) coleção(ões): | CCS - Bacharelado em Enfermagem - TCC |
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