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http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/3747
Tipo de documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Grau acadêmico: | Licenciatura |
Título: | Solidão, um exercício de liberdade em Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus |
Autor(es): | Castro, Raphaela Thamilis Barbosa dos Santos de |
Orientador(a): | Cordeiro, Tarcísio Fernandes |
Membro(a) da banca: | Galvão, André Luís Machado |
Membro(a) da banca: | Fonseca, Silvana Carvalho da |
Referência: | CASTRO, Raphaela Thamilis Barbosa dos Santos de. Solidão, um exercício de liberdade em Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, Amargosa-BA. 2021. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) - Centro de Formação de Professores, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, 2021. |
Resumo: | O presente trabalho está embasado na escrita de autoria feminina disposta na obra Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), da escritora negra Carolina Maria de Jesus. Pretendese analisar o “eu solitário” da autora, problematizando a opção pela solidão conjugal como um ato de livre arbítrio, por escolha própria da narradora-personagem, almejando ser livre. Desse modo, desviando-se dos padrões sociais recorrentes no espaço de sua vivência, a Favela do Canindé, situada na capital paulista. Num contexto desfavorável, essa narrativa testemunhal revela a opção por uma vida sem companheiros fixos, no qual uma mulher é desafiada a criar seus três filhos, superando inúmeros obstáculos, a fome, a pobreza, a falta de um emprego, o preconceito e as doenças. Para tanto, fez-se uso do método bibliográfico e de estudos sobre a vida dessa escritora para viabilizar uma interpretação fundamentada na obra em estudo. O objetivo é perceber como o desejo de se tornar uma escritora, fez com que Carolina optasse por não assumir relacionamentos duradouros pois, a autora avaliava a partir da observação direta do seu entorno, que tal opção agravaria a condição de pobreza e exploração em que vivia. No caso em análise, não se trata de uma mera imposição circunstancial, mas de uma postura refletida diante do cenário apresentado. Essa resistência, em alguma medida, serve de mote para o registro, em seu diário, de diversas passagens sobre a violência doméstica vivenciada por outras mulheres da favela, bem como, sua estratégia para superar as frustações e as dificuldades ocasionadas por sua opção de vida. Carolina não se restringe a ser solitária, impotente, estanque no desamparo, mas sim uma solidão conjugal dotada de múltiplas possibilidades de viver, exercendo a sua liberdade. E, assim, com esse exemplo de superação, nota-se uma grande perspectiva de fomentar a inspiração no público, sugerindo a ruptura da opressão em diversos níveis, do preconceito, do machismo, em prol da igualdade de gênero. Afinal, não podemos corroborar com a legitimação de problemas como os supracitados que persistem no seio da sociedade contemporâneo e mutilam a igualdade e a justiça social. |
Palavras-chave: | Jesus, Carolina Maria de - 1914 - 1977 Quarto de despejo Solidão Condições sociais |
Resumo em inglês: | This paper is based on the female writing authorship disposed in Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), by the black writer Carolina Maria de Jesus. It intends to analyse the "solitary self" of the author, problematizing the option for marital loneliness as an act of free will, by choice of the narrator-personage, aiming to be free. In this way, she deviates from the social patterns recurrent in the space where she lives, the Canindé Slum, located in the capital of São Paulo. In an unfavourable context, this testimonial narrative reveals the option for a life without fixed partners, in which a woman is challenged to raise her three children, overcoming numerous obstacles, hunger, poverty, lack of a job, prejudice, and disease. To do so, the bibliographical method and studies about the life of this writer were used to enable an interpretation based on the work under study. The objective is to understand how the desire to become a writer made Carolina choose not to assume long-lasting relationships because the author evaluated, based on direct observation of her surroundings, that such an option would worsen the condition of poverty and exploitation in which she lived. In the case under analysis, it is not a mere circumstantial imposition, but a reflected posture before the scenario presented. This resistance, to some extent, serves as the motto for the record, in her diary, of several passages about domestic violence experienced by other women in the slum, as well as her strategy to overcome the frustrations and difficulties caused by her life choice. Carolina is not restricted to being lonely, impotent, and stagnant in her helplessness, but a conjugal loneliness endowed with multiple possibilities of living, exercising her freedom. And, thus, with this example of overcoming, one notices a great perspective of fomenting inspiration in the public, suggesting the rupture of oppression in several levels, of prejudice, of machismo, in favour of gender equality. After all, we cannot support the legitimization of problems such as the ones mentioned above that persist within contemporary society and mutilate equality and social justice. |
Palavras-chave em inglês: | Jesus, Carolina Maria de - 1914 - 1977 Quarto de despejo Loneliness Social conditions |
Editora / Instituição: | Universidade Federal do Recôncavo da Bahia |
Centro de Ensino: | CFP - Centro de Formação de Professores |
Data do documento: | 6-Out-2021 |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Acesso Disponível em: | 2024-10-01T15:03:18Z |
URI: | http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/3747 |
Aparece na(s) coleção(ões): | CFP - Licenciatura em Letras - TCC |
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Solidão_Exercício_Liberdade_TCC_2021.pdf | 359,52 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir | |
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