Caboclo - Repositório Institucional UFRB CCS - Centro de Ciências da Saúde PPGSPNI - Programa de Pós-Graduação em Saúde da População Negra e Indígena CCS - PPGSPNI - Dissertações/TCC
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dc.creatorSilva, Francyne da Silva-
dc.date.accessioned2024-08-02T17:31:29Z-
dc.date.available2024-08-02T17:31:29Z-
dc.date.issued2023-08-11-
dc.identifier.citationSILVA, Francyne da Silva. A influência da raça/cor da pele/etnia no acesso e utilização dos serviços de saúde entre mulheres. 2023. 116 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da População Negra e Indígena) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttp://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/3315-
dc.description.abstractAccess to and utilization of health services have been extensively investigated topics. They encompass complex, multidimensional, and polysemic concepts that are fundamental attributes reflecting a country's level of social justice. Their determinants are related to multiple factors, including individual, social, political, organizational aspects of health systems and services, and societal structures such as racism. In the context of a structurally unequal country like Brazil, where different inequities intersect, specific groups, such as Black women, face greater vulnerability in accessing and utilizing health services, leading to consistently unfavorable health outcomes compared to White women. Hence, there is a need to discuss these topics in the context of racial inequities, while also emphasizing gender disparities. OBJECTIVES: This dissertation investigated racial inequities in access and use of health services among women; reviewed scientific evidence regarding the association between race/skin color/ethnicity and access/utilization of health services among women in Brazil through a systematic review with meta-analysis (Study 01). Additionally, it estimated the association between a low frequency of visits from a Community Health Agent (CHA) or a member of the Family Health Team (FHT) and being a Black woman in Brazil, based on data from the National Health Survey (NHS) from 2019 (Study 02). METHOD: Study 01 involved a systematic review with meta-analysis to evaluate the scientific evidence on the association between race/skin color/ethnicity and access/utilization of health services among women. Strict eligibility criteria were established for study selection, and the search was conducted in five electronic databases: PubMed, Virtual Health Library (VHL), Scopus, Web of Science, and MedRxiv. After data extraction and quality assessment by four researchers, measures of global association between race/skin color/ethnicity and access/utilization of health services among women were obtained through a random-effects meta-analysis model. The meta-analysis estimated the overall association measure (Odds Ratio) and its 95% confidence interval. The Higgins and Thompson indicator (I²) was also used to assess the statistical heterogeneity of the data. Study 02 was an epidemiological, population-based, observational, cross-sectional, analytical, exploratory study that used data from the 2019 National Health Survey. The dependent variable was the low frequency of visits from a CHA or a member of the FHT, and race/skin color/ethnicity was considered the main independent variable in the hierarchical analysis models, along with other demographic and socioeconomic variables to evaluate its influence on the studied association. RESULTS: The findings are presented in two articles. In Study 01, 428 records were identified, and only three studies met the eligibility criteria. Black race/skin color/ethnicity was associated with negative health outcomes related to access/utilization of health services in Brazil (OR = 1.49; 95% CI: 1.26-1.76; I² = 24.01%). In Study 02, the sample included 66,395 adult women, aged between 18 and 59 years, comprising 78.8% White and 21.2% Black women. The majority of women (55.9%) received less than two home visits from CHA or FHT. The crude association measures between Black race/skin color/ethnicity and a low frequency of home visits from a CHA or a member of the FHT were positive and statistically significant (OR = 2.21; 95% CI: 1.10-4.45; PR = 1.37; 95% CI: 1.06-1.77), and they persisted even after adjusting for age, education level, monthly income, perception of health condition, and residential location (rural area). CONCLUSIONS: Race is a determinant and constraint in accessing and utilizing health services. Compared to White women, Black women face racial inequities and inequalities in accessing services, even after adjusting for socioeconomic variables. The findings from the systematic review and the cross-sectional study demonstrated an association between race/skin color/ethnicity and access/utilization of health services, highlighting the need for the formulation and implementation of public policies and strategies aimed at eliminating racial inequities and promoting ethnic-racial equity throughout the Unified Health System.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Recôncavo da Bahiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMulherpt_BR
dc.subjectPopulação negrapt_BR
dc.subjectRacismopt_BR
dc.subjectAcesso aos serviços de saúdept_BR
dc.subjectDesigualdade em saúdept_BR
dc.titleA influência da raça/cor da pele/etnia no acesso e utilização dos serviços de saúde entre mulherespt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.resumoO acesso e a utilização dos serviços de saúde tem sido um tema frequentemente investigado. Trata-se de conceitos complexos, multidimensionais e polissêmicos e se constituem como atributos fundamentais para refletir os níveis de justiça social de um país. Seus determinantes estão relacionados a múltiplos fatores, de caráter individual, social, político, de organização dos sistemas e serviços de saúde e estruturantes da sociedade, como o racismo. No contexto de um país estruturalmente desigual como o Brasil e onde diferentes iniquidades se interseccionam, nota-se maior vulnerabilidade de grupos específicos no acesso e utilização aos serviços de saúde, como as mulheres negras, que têm apresentado desfechos em saúde quase sempre desfavoráveis quando comparadas às brancas. Daí, a necessidade de discutir estes tópicos à luz das iniquidades raciais, enfatizando também as desigualdades de gênero. OBJETIVOS: Esta dissertação investigou as iniquidades raciais no acesso e utilização dos serviços de saúde entre mulheres; revisou a evidência científica relativa à associação entre a variável raça/cor da pele/etnia e o acesso/utilização dos serviços de saúde entre mulheres no Brasil por meio de uma revisão sistemática com metanálise (Estudo 01); e estimou a associação entre baixa frequência de visitas de algum Agente Comunitário de Saúde (ACS) ou algum membro da Equipe de Saúde da Família (ESF) e ser mulher preta no Brasil, com base no banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano de 2019 (Estudo 02). MÉTODO: No Estudo 01, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise para avaliar as evidências científicas sobre a associação entre raça/cor da pele/etnia e acesso e utilização dos serviços de saúde entre mulheres. Foram estabelecidos critérios de elegibilidade rigorosos para a seleção dos estudos e a busca dos estudos foi realizada em cinco bases eletrônicas: PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scopus e Web of Science e MedRxiv. Após a extração dos dados e a avaliação da qualidade dos artigos por quatro pesquisadoras, as medidas de associação global entre raça/cor da pele/etnia e o acesso/utilização aos serviços de saúde entre mulheres foram obtidas por meio de um modelo de metanálise de efeitos aleatórios. A metanálise estimou a medida de associação global (Odds Ratio) e seu intervalo de confiança de 95%. Também foi avaliado o indicador de Higgins e Thompson (I²) para classificação da heterogeneidade estatística dos dados. No Estudo 02, epidemiológico, de base populacional, observacional, transversal, de caráter analítico, exploratório, foi utilizado o banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A variável dependente foi a baixa frequência de visitas de algum ACS ou algum membro da ESF e, através de análise hierarquizada, a variável raça/cor da pele/etnia preta foi considerada independente principal nos modelos de análise, sendo investigada com outras variáveis demográficas e socioeconômicas para avaliar sua influência na associação estudada. RESULTADOS: São apresentados sob a forma de dois artigos. No Estudo 01, foram identificados 428 registros e apenas três estudos atenderam aos critérios de elegibilidade. A raça/cor da pele/etnia negra esteve associada a desfechos negativos relacionados ao acesso/utilização dos serviços de saúde no Brasil (OR = 1,49; IC 95%: 1,26-1,76; I² = 24,01%). No Estudo 02, a amostra incluiu 66.395 mulheres adultas, com idades entre 18 e 59 anos, brancas (78,8%) e pretas (21,2%). A maioria das mulheres (55,9%) recebeu menos de duas visitas domiciliares realizadas por ACS ou membros da ESF. As medidas de associação brutas entre raça/cor da pele/etnia preta e baixa frequência de visitas domiciliares de algum ACS ou algum membro da ESF foram positivas e estatisticamente significantes (OR= 2,21 IC95% 1,10-4,45; RP= 1,37 IC95% 1,06-1,77) e persistiram mesmo após ajuste para idade, nível de escolaridade, renda mensal habitual, percepção da condição de saúde e local de moradia (zona rural). CONCLUSÕES: Raça é um fator determinante e limitante ao acesso e utilização dos serviços de saúde. Comparadas às mulheres brancas, as mulheres negras enfrentam iniquidades raciais e desigualdades no acesso aos serviços, mesmo após ajuste de variáveis socioeconômicas. Os achados da revisão sistemática e do estudo transversal verificaram associação entre raça/cor da pele/etnia e acesso/utilização dos serviços de saúde, reforçando a formulação e implementação de políticas públicas e estratégias voltadas à eliminação das iniquidades raciais e à promoção da equidade étnico-racial em todo o Sistema Único de Saúde.pt_BR
dc.degree.levelMestrado Profissionalpt_BR
dc.contributor.advisor1Cruz, Simone Seixas da-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3699965077755163pt_BR
dc.contributor.referee1Santos, Amália Nascimento Do Sacramento-
dc.contributor.referee2Coelho, Julita Maria Freitas-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5421344207208222pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentCCS - Centro de Ciências da Saúdept_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde da População Negra e Indígenapt_BR
dc.publisher.initialsUFRBpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINApt_BR
dc.subject.enWomenpt_BR
dc.subject.enAfrican continental ancestry grouppt_BR
dc.subject.enRacismpt_BR
dc.subject.enHealth services accessibilitypt_BR
dc.subject.enHealth status disparitypt_BR
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